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Editorial

quando paciência é o que nos resta pedir

Reflexão sobre o reposicionamento da G Magazine, explorando coragem, paciência e a força de resistir em um mercado competitivo. Um editorial inspirador sobre transformação e persistência.

Pela Redação Central - Belo Horizonte, 18 de janeiro de 2025.
Escrito e revisto por Salvatore Storaro.

Editorial

Reposicionar a G Magazine não é apenas uma estratégia de mercado, é um ato de resistência. Um movimento quase subversivo, quando se pensa em um mundo tão saturado de conteúdo, onde cada clique é disputado como se fosse uma pepita de ouro. Mas há uma esperança contida nesse gesto, quase como quem planta flores em meio ao asfalto quente. E quem é que nunca precisou pedir paciência — não aquela paciência de esperar o elevador ou a pizza, mas aquela que a vida exige quando parece não haver mais alternativas? São esses momentos que nos lembram que avançar nem sempre é rápido, nem sempre é bonito, mas pode ser incrivelmente necessário.

Há quem diga que paciência é uma virtude, e às vezes ela realmente parece a única coisa que nos separa do caos. No entanto, viver isso na pele é outra história. Como um funâmbulo sobre uma corda bamba, o reposicionamento da G Magazine nos faz caminhar com o coração na boca. Cada decisão é um ato de equilíbrio entre o passado e o futuro. Olhe para trás, veja a trajetória da revista. Como ignorar o impacto cultural, as conversas que ela provocou? E, ao mesmo tempo, como negar que as narrativas precisam evoluir? A história se refaz — às vezes se remenda, outras vezes se rasga e se costura outra coisa no lugar. O que se percebe, porém, é que é necessário coragem para romper com o passado sem desrespeitá-lo.

Mas coragem não é tudo. Tem-se também que lidar com a incerteza, aquela velha conhecida de quem empreende qualquer sonho. Você se lembra que grandes filmes já enfrentaram rejeições antes de se tornarem ídolos pop culturais? "Forrest Gump", por exemplo, quase não foi produzido porque muitos duvidaram de seu apelo. O reposicionamento da G Magazine nos lembra dessa lição: a incerteza pode ser um obstáculo, mas também é uma oportunidade de provar que a visão vale a pena. Há uma dúvida constante: "será que as pessoas vão entender o que queremos dizer?". Esse medo é humano, e talvez seja também um dos combustíveis mais potentes. Porque é nele que mora o desejo de acertar, de criar algo que realmente ressoe.

Por outro lado, quem nunca pensou em desistir? Os desafios são tantos que, por vezes, você se pergunta: “Para quê tudo isso?”. Mas é aqui que a paciência mostra sua verdadeira força. Ela não é passiva, como muitos pensam. Ela é ativa, é uma escolha. Lembro-me de uma vez em que ouvi um violinista dizer que a única maneira de melhorar é praticar a música devagar, mesmo quando se quer tocar rápido. Talvez seja esse o segredo de um bom reposicionamento: respeitar o ritmo das coisas. As ideias precisam de tempo para amadurecer, assim como o público precisa de tempo para entender. Quem apressa o rio não o faz correr mais rápido, como sabiamente diz um provérbio chinês.

E não é que isso nos leva a uma outra reflexão? Como conciliar a pressa do mercado com a lentidão que a qualidade exige? Aqui é onde se percebe a importância de cada escolha. Cada editorial, cada campanha, cada linha criativa precisa contar uma história. Capas icônicas da G Magazine já foram objeto de debates acalorados em faculdades de comunicação, pois elas carregavam não só beleza, mas mensagens, contexto e provocações. Pois bem, a nova G Magazine precisa resgatar essa essência e adaptá-la para os tempos modernos. E isso, meu amigo, não se faz da noite para o dia.

Há também algo de profundamente emocionante nessa jornada. A sensação de que cada pequena conquista é um marco. Um novo seguidor nas redes sociais, um elogio inesperado, uma ideia que ganha forma. É como plantar uma árvore e vê-la brotar, folha por folha. E é curioso como, em meio à correria, essas pequenas vitórias muitas vezes passam despercebidas. Talvez devêssemos parar mais para celebrá-las. Talvez devêssemos aprender com elas que, sim, estamos no caminho certo.

No fim das contas, paciência não é sobre esperar. É sobre confiar. Confiar que o trabalho que estamos fazendo vale a pena, que as sementes plantadas hoje darão frutos amanhã. É também sobre aprender a conviver com a imperfeição, com os tropeços. Porque, afinal, quem é que acerta o tempo todo? A beleza de tudo isso está em continuar tentando, mesmo quando parece que o mundo inteiro está contra. Talvez seja por isso que tantas histórias de sucesso começam com a palavra "insistência".

Então, se me permite uma última palavra, diria que reposicionar a G Magazine é um ato de amor. Amor pela história que ela carrega, pelas pessoas que a fizeram e fazem acontecer, pelos leitores que encontram algo nela que não encontram em nenhum outro lugar. E o amor, como bem sabemos, exige paciência. Mas também exige esperança. E eu acredito que temos ambas.